Lutar, até que o povo acorde. Neste blog publicarei as minhas opiniões e a de outros com as quais concorde. Denunciarei as injustiças e a corrupção de forma simples e pragmática para que os mais desatentos entendam a forma como somos roubados, por quem e para quem. Fá-lo-ei de forma anónima, usando o mesmo principio do voto secreto, e porque quero poder dizer o que penso sem condicionalismos de espécie nenhuma. Embora pensemos que vivemos num país democrático, o certo é que cada vez mais somos controlados pelos poderes e corporativismos instalados, que não olham a meios para atingir os fins.

É importante saber que não tenho partido, religião, clube ou qualquer outra doutrina ou forma de associativismo que condicione a minha forma de pensar. Tento estar atento ao que me rodeia e pauto-me pela independência, imparcialidade, justiça e bom censo.

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2015/12/24

A prova de que a desculpa do resgate dos bancos são apenas o roubo dos nossos impostos

Para quem não percebeu o que se passou no Banif, eu explico de forma simples.

Como a Europa vai proibir que os estados possam usar o dinheiro dos contribuintes para "salvar" bancos, os banqueiros e os políticos só poderiam roubar o dinheiro dos nossos impostos com esta desculpa, até ao fim do ano. Assim, aproveitaram para roubarem mais 3.600 milhões de euros enquanto era possível.

Vão continuar a roubar, nas parcerias público-privadas, nas rendas fixas para as empresas dos amigos, nas isenções de IMI a quem tem muitas casas e de todas as outras formas com que nos têm roubado até aqui, mas com a desculpa de salvar bancos, já não vai dar mais.

Roubar com a desculpa de que é para salvar a economia é muito vantajoso porque se rouba muito de cada vez. Para se roubar 3.600 milhões de euros numa parceria público-privada, ainda leva uns 3 anos, e para “salvar” os bancos rouba-se a mesma verba de um dia para o outro. No BPN foram roubados 7.000 milhões, no BPP mais uns 2.000 milhões, no BES mais 5.000 milhões, e agora mais 3.600 milhões.

Com a desculpa de “salvar” bancos, já nos roubaram 17.600 milhões de euros. Para quem não imagina o que são 17.600 milhões de euros, são 35 submarinos já com corrupção incluída, ou 25 pontes Vasco da Gama, também com corrupção incluída.

Se o objectivo dos políticos não fosse roubar o dinheiro dos nossos impostos, logo a seguir ao BPN, teriam mudado as leis no sentido de não permitir que voltasse a acontecer. Como depois do BPN não se alterou nada e tudo ficou na mesma, fica provado que a intenção dos políticos era que se pudesse repetir o roubo mais vezes. E foi o que aconteceu. Depois do BPN, veio o BPP, depois o BES e depois o Banif. O descaramento é tanto que para o Banif já fomos roubados duas vezes.

Para evitar ter que emprestar mais dinheiro para cobrir os assaltos aos bancos, o BCE criou esta nova lei que vai entrar em vigor em 2016, que proíbe o roubo do dinheiro dos nossos impostos por parte do governo, com a desculpa de que é para “salvar” bancos. O BCE percebeu que com políticos ladrões como temos, e com um povo burro que tudo permite, se não fossem eles a travar estes assaltos sistemáticos ao dinheiro do nossos impostos, o BCE teria que nos emprestar dinheiro indefinidamente.

Os políticos roubam, o BCE empresta, e o povo fica a dever. O BCE tem sido cúmplice destes assaltos, porque lhe interessa que Portugal tenha uma divida alta, mas como isso já foi conseguido, já não lhe interessa estar a pagar os roubos da banca indefinidamente.

2015/12/17

A Campanha das presidenciais e os outdoors

A desproporcionalidade e desigualdade de condições que cada candidato tem à sua disposição é  assustadoramente antidemocrática e uma vergonha nacional a que estes políticos corruptos que nos têm governado sujeitam o país e os cidadãos.

Deveria ser proibido os partidos poderem apoiar os candidatos quer ideologicamente como monetariamente. A escolha de um Presidente da República deveria ser uma escolha livre de cada cidadão e não deveríamos ser condicionados na nossa escolha do presidente da república.

Mas como vivemos numa sociedade maioritariamente corrupta, profundamente antidemocrática no que toca às nossas escolhas políticas, assiste-se a esta palhaçada, com o desperdício completamente desnecessário do nosso dinheiro, e com a degradante e vergonhosa "venda" dos candidatos em outdoors como se fossem um qualquer detergente para a loiça.

Em vez deste vergonhoso desperdício do nosso dinheiro, os media deveriam convidar os candidatos que tivessem a sua candidatura oficializada a exporem as suas ideias e entrevistados de seguida, com igualdade de tempos de antena. Os cidadãos ouviam os candidatos e escolhiam em consciência aquele em quem desejariam votar.

O mais revoltante, é que somos todos nós que pagamos os milhões de euros gastos em milhares de outdoors espalhados pelo país, a candidatos que nem sequer apoiamos. Como são os partidos que pagam as campanhas de alguns candidatos que apoiam, e como é o dinheiro dos nossos impostos que alimentam os partidos políticos, estamos nós a pagar a publicidade a candidatos que não queremos ver de todo como presidentes da república. Como se isso não bastasse, temos que ser massacrados com esta poluição visual e degradante de ver os cúmplices da corrupção instalada num enorme outdoor virar de cada esquina.

A grande lufada de ar fresco, são os candidatos honestos como o Dr. Paulo de Morais, que faz uma campanha sem desperdício de dinheiros, o único que diz de forma transparente onde vai buscar o dinheiro para a sua campanha, verdadeiramente independente, e que tem como principal objectivo da sua candidatura, acabar com a corrupção e a mentira na politica, fazer cumprir a Constituição e dignificar as instituições democráticas. (que bem precisam).

2015/12/15

A entrevista de Sócrates

Vi a entrevista de José Sócrates que me deixou muito decepcionado. A única vantagem que a entrevista teve, foi mostrar a culpabilidade de Sócrates. Fiquei muito desiludido com José Alberto de Carvalho que tinha como jornalista independente e que me decepcionou ao permitir fazer uma entrevista com perguntas combinadas. Se assim não fosse, deveriam ter sido feitas as muitas perguntas que todos nós gostaríamos de ver respondidas. Perguntas essas que nem sequer foram feitas. O que interessa aos portugueses, é que Sócrates esclareça os portugueses em relação aos factos que ninguém entende, e não ver uma entrevista da treta apenas para ajudar Sócrates a fazer-se de vítima, e desviar as atenções do que realmente interessa ver esclarecido.

O lado bom da entrevista, foi ver confirmada a culpabilidade de Sócrates. Se os factos de que acusam Sócrates, fossem mentira, seria ele o primeiro interessado em esclarecê-los perante a opinião pública, e ficou provado que não só não esteve interessado em esclarecê-los como passou esta primeira parte da entrevista a dizer coisas que toda a gente já sabe. Toda a entrevista serviu para Sócrates acusar a acusação e os juízes, e fazer passar a ideia de que foi incriminado por vingança pessoal e para prejudicarem o PS.

José Alberto de Carvalho, foi completamente “enrolado” ou cúmplice de Sócrates, permitindo que Sócrates brincasse com as palavras e gozasse com a cara dele e de todos os portugueses inteligentes, sendo-lhe permitido várias vezes, que enfiasse os pés pelas mãos sem ser confrontado com as incoerências expostas. Diz ele que foi presente ao juiz apenas para se identificar, mas esteve lá dentro umas 8 horas. Mentiu descaradamente, com a conivência ou a incompetência do entrevistador.

Quando Sócrates diz que a sua detenção prejudicou o PS, é verdade, mas foi a sua corrupção que prejudicou o PS e não ele ser injustamente acusado para prejudicar o PS. É bem diferente. Outra coisa que José Alberto deixou passar em branco, foi Sócrates dizer que não é crime adjudicar trabalhos ao grupo Lena, e que os governos anterior e o posterior ao seu governo também adjudicaram trabalhos ao grupo Lena. Não é crime adjudicar trabalhos ao grupo Lena, o que é crime, é receber milhões de euros dos administradores do grupo Lena, quando se fizeram adjudicações de muitos milhões ao grupo Lena. Sócrates diz que Passos Coelho também adjudicou trabalhos ao grupo Lena, a única diferença, é que Santos Silva não paga as contas de Passos Coelho nem da sua família.

A segunda parte da entrevista vai ser passada amanhã, e espero que desta vez façam as perguntas incómodas e que todos os portugueses honestos querem ver esclarecidas.

Como é que Sócrates fez uma vida de luxo em Paris se não tinha rendimentos para isso?

Se o dinheiro que passa de Santos Silva para Sócrates é legal e legítimo, porque é que as entregas são feitas em dinheiro e às escondidas, e porque é que quando são transferências bancárias, têm que andar a saltar de conta em conta, entre familiares e amigos dos dois até finalmente chegarem a Sócrates?

Porque é que a conta em nome de Santos Silva só é movimentada por Sócrates? Todo o dinheiro que sai da conta, é para pagar despesas de Sócrates, do filho e da ex-mulher. É Santos Silva que paga as prestações da quinta que a ex-mulher de Sócrates tem no Alentejo.

Todos gostávamos de ver estas e muitas outras perguntas respondidas por Sócrates.

2015/12/07

Mentiras e mitos

Os partidos de extrema direita PSD/CDS, têm o mau habito de repetir mentiras até que se tornem verdade nas cabecinhas dos menos informados. Como os media estão nas mãos de grandes grupos económicos e todas as noticias são controladas, estes mitos que se cravam na nossa sociedade, são repetidos até que uma grande parte das pessoas acreditem que são verdade.

Das muitas mentiras que foram sendo repetidas até à exaustão pelos partidos de extrema direita, estão, entre muitas outras, que os portugueses gastaram acima das suas possibilidades, (quando hoje sabemos que fomos roubados acima das nossas possibilidades), que a segurança social não é sustentável, (quando hoje sabemos que a segurança social tem sido descapitalizada para fazer frente a outros gastos), que as empresas publicas que são vendidas ao desbarato, dão prejuízo, (quando todos nós sabemos que ninguém compra uma empresa que dá prejuízo) ou a pior de todas, que os bancos vão à falência (quando todos sabemos que são roubados pelos seus administradores, que fazem empréstimos aos amigos sem garantias bancárias, que nunca são pagos). São mentiras fáceis de desmontar, mas como são repetidas até à exaustão por todos os aldrabões e divulgadas pelos media repetidamente, acabam por se tornarem dados adquiridos numa sociedade inculta e que se limita a acreditar no que ouve nos media.

A mentira que agora tentam passar, é que não há dinheiro para que a maioria de esquerda consiga cumprir as suas promessas eleitorais. Para fazer cumprir as promessas da maioria de esquerda, dizem os entendidos que precisaríamos de 1.100 milhões de euros. Quatro vezes mais do que isso (4.100 milhões de euros), foi exactamente o que o governo anterior gastou em benefícios fiscais que ofereceu aos grandes grupos económicos e às empresas dos amigos. Ou seja, para se poder devolver o que foi roubado aos trabalhadores e pensionistas, aumentar substancialmente o ordenado mínimo, reduzir o IVA e melhorar a vida dos portugueses, basta que os grandes grupos económicos que se fartam de ter lucros, paguem os seus impostos como qualquer outra empresa ou cidadão.

Para além disto, o governo anterior ofereceu isenção de IMI aos excêntricos que têm muitas casas. Os fundos imobiliários e os bancos não pagam IMI. Se acabassem essas isenções, o estado arrecadava mais 5.000 milhões de euros. Ou seja, se os excentricamente ricos começassem a pagar o IMI que qualquer familia paga, teríamos dinheiro para melhorar substancialmente os cuidados de saúde prestados aos portugueses e sem pagar taxas moderadoras. Sabendo que gastamos anualmente 7.000 milhões de euros no Serviço Nacional de Saúde, imaginem como poderia aumentar substancialmente o orçamento da saúde se os fundos imobiliários pagassem os seus impostos como qualquer cidadão.

É mentira que não haja dinheiro para melhorar a vida aos portugueses, o que acontece é que os politicos corruptos dos partidos de extrema direita (PSD/CDS), roubaram os trabalhadores e reduziram o orçamento do estado social para dar esse dinheiro aos grandes grupos económicos, em isenções e perdões fiscais, em apoios aos bancos privados e no aumento das parcerias publico-privadas, em vez de acabar com as existentes. Na prática, os partidos corruptos de extrema direita roubam aos pobres para dar aos ricos, que são quem os financia e para quem eles realmente trabalham.

Não só não é preciso mais dinheiro para se cumprir as promessas eleitorais da maioria de esquerda e melhorar a vida dos portugueses, como ainda se pode poupar muito dinheiro se os grandes grupos económicos e os ricos começarem a pagar impostos como qualquer outro cidadão. Vamos ver como vai lidar o PS com estas injustiças sociais deixadas pelo governo de extrema direita.